A aventura de um lamecense perdido em terras andinas!
Quarta-feira, 28 de Novembro de 2007
Mais um historria de Crrrracovia
czesc!
Depois de muito adiada ca vai mais uma historia directamente do congelador chamado cracovia : )

Ha seis seculos, ou talvez mais(nestas coisas nunca se sabe...) uma onda de peste bubonica alastrou pela Europa, impiedosamente reclamando a vida de inumeras vitimas. Nem sequer a cidade real de Cracovia foi poupada (deviam pensar que eram mais que os outros...). Nao havia um unico dia sem que houvessem centenas de mortes. Velhos, novos, todos morriam numa dor terrivel. As ruas da cidade estavam quase desertas, pois aqueles que sobreviviam fechavam-se nas suas casas, certificando-se que nao havia uma unica abertura nas portas e janelas. Mas nem assim escapavam as garras da morte, e todas as manhas, por detras das janelas, lamentacoes eram ouvidas, tal era o numero de pessoas que chorava os seus familiares.
Nas sinagogas do bairro judeu oracoes eram feitas a Deus implorando que  desviasse a Sua colera sagrada do Seu povo. Ate mesmo os ricos que sempre tinham sido indiferentes a miseria humana comecaram a doar generosamente para os pobres. Mesmo assim, nem as oracoes nem as accoes generosas tiveram poder suficiente para parar a praga que destruia a cidade como uma furia sem limites.
E ai subitamente alguem lembrou-se de um velho costume, capaz de apaziguar a praga, praticado as vezes nas pequenas vilas e aldeias. A comunidade deveria preparar , com o seu dinheiro, um casamento entre dois aleijados no cemiterio judeu. Esta ideia foi aceite pelos judeus de Cracovia, que se agarraram a ela como se fosse a sua ultima esperanca. As preparacoes para a cerimonia foram feitas escrupulosamente. Contudo, quando estava quase tudo pronto, surgiu um problema. Enquanto as pessoas andaram ocupadas a preparar tudo, esqueceram-se de encontrar o casal apropriado. Entao um louca procura comecou.Os homens logo encontraram um noivo  e trouxeram-no para o cemiterio. Era Feivel, um corcunda cego de um olho. As mulheres trouxeram-lhe uma noiva, a coxa Rifke.
E assim,ao fim da tarde de Sexta os dois encontraram-se e foram casados debaixo do chuppah. Feivel colocou um fino anel no dedo de Rifke, partiu um copo com o  pe e a multidao de convidados gritou alto "Mazel tov!". A danca comecou e a festa rapidamente ficou animada. No meio da farra e alegria, acompanhada de musica e risos, todas as preocupacoes parecerem  tenues e distantes. Ninguem mais se lembrou da praga. Os convidados do casamento nem sequer prestaram atencao ao facto de que o sol ja se tinha posto ha muito, dando lugar a lua e as estrelas e anunciando o inicio do Sabbath. Nao receber o sabbath correctamente era um grave pecado contra as leis de Deus, pelo qual os alegres e risonhos celebrante foram a tempo punidos.
Debaixo deles a terra parecia escapar rapidamente. A danca parou subitamente e a musica parou a meio. Todos ficaram petrificados como se se tivessem transformado em pedra, lembrando os sombrios tumulos a sua volta. So ai repararam que a terra estava a tremer violentamente. Cada tremor era mais forte e mais ameacador ate que subitamente a crosta da terra abriu, mostrando um ardente abismo, como uma boca voraz de uma besta demoniaca. Em menos de um segundo engoliu todos os dancarinos e a terra fechou-se tao subitamente como tinha aberto. E ai o pesado silencio da morte envolveu o cemiterio e todo o bairro judeu...
Diz-se que desde ai e proibido comemorar casamentos as Sextas e que nao houve mais funerais no cemiterio...

Esta e das historias mais estranhas que ja ouvi por aqui,tinha mesmo de a contar :)

do widzenia!!


publicado por titusca às 15:49
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Domingo, 18 de Novembro de 2007
Rapa Nui. A minha viagem ao outro lado do mundo!
Iorana para todos!

Esta ultima semana na Ilha da Páscoa foi mesmo fantástica. Mais do que algo exótico, ou extravagante, encontrei uma pequena ilha, onde o tempo passa devagar, onde a comida e a fruta é optima e onde as pessoas sao de uma amabilidade extraordinária.
Durante os dias estava constantemente a perder coisas :) porque me senti tão ha vontade, quase como em casa.
Por si so a ilha tem imensos pontos de interesse. A espetacularidade dos moai, principalmente do local onde eram exculpidos (uma das visões mais impressionantes que já tive), a dureza da paisagem, que conhecendo um pouco da história da ilha, assume uma dimensão apocalíptica, no sentido literal do termo.
Em termos simples a ilha serve como tubo de ensaio, ou amostra do que o homem vai destruindo em termos de meio ambiente, e da nossa tendência dramática para a auto-extinção. Foi nesse aspecto uma lição muito importante.

É tambem uma ilha com muitos mistérios. O que mais me mexeu com a cabeça, foi a base de um dos moais (chamados Ahu's) que tem a mesma forma de construção que vi na minha visita ao Peru (construções Inkas)
É incrivel como esse conhecimento de uma técnica tão apurada e já de si propria misteriosa, chegou a um destino como este.

Mas o melhor da ilha, são mesmo os seus habitantes e a paz que se sente. Dormir com vista para o pacífico, comer taro (é um tuberculo que parece quando passado papa de bébe, e é muito bom) ou peixes frescos fantásticos (ai o ceviche de atum!), e principalmente sentir o tempo a abrandar foi muito bom, de tal maneira que parecia muito mais que uma semana o tempo que lá estive.

Não dá para contar tudo que aconteceu, num post, como já sei de outras viagens, ficam sempre pormenores que so quando estiver com voces todos vou ter oportunidade de contar, juntamente com as milhentas fotos que tirei.
De qualquer modo posso dizer por exemplo que mesmo tão longe ha uma ligação forte a Portugal, pelo peso incrível do culto à Nossa Senhora de Fátima, na ilha. Como lá chegou, não faço ideia, o certo é que as pessoas rezam como em Portugal, dão o nome às filhas de Fátima e Maria e constroem pequenos altares que chamam de grutas (e não cuevas). Ah e para chamar para a missa toca a música do treze de Maio. Podemos ser crentes ou não, mas que não deixa de impressionar esta troca cultural a mais de 15.000 km de distânicia, isso é um facto.

Bem vou ver se adianto as coisas para o meu próximo destino. De qualquer maneira por mais viagens que faça, vou trazer sempre comigo a memória dos Rapa Nui e da sua ilha, perdida no meio do Oceano, no outro lado do Mundo.

Maoruru para mis amigos Patricio, Fátima, la Senhora Maria y claro para Teresa. Los espero en Portugal!

PS: Iorana e Maoruru sao duas palavras da língua Rapa Nui. Iorana equivale a Olá, ou Bom dia, e Maoruru a Obrigado :)


publicado por Llama Nando às 21:33
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Sexta-feira, 16 de Novembro de 2007
Estou em Rapa Nui, logo a 3.000 km do Chile...

So para avisar quem tem estado preocupado com o meu estado fisico (com o mental é outra historia) que nao tenho estado no Chile, por isso nao fui afectado pelo terramoto, que ocorreu no norte do país.

 

De resto prometo um extenso post a respeito da primeira etapa da minha viagem -  a Ilha da Pascoa.

 

Curiosos?  Se nao estao, deviam... :)

 

Bjs e Abracos para todos



publicado por Llama Nando às 22:01
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